terça-feira, 10 de maio de 2011
Infográfico
CHAMPIGNEULLE, Bernard. Art Nouveau. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – EDUSP, 1976.
Comparação entre as obras de Alphonse Mucha com Carl Elkins

É possível comparar a obra Zodiac, de Alphonse Mucha com a ilustração de Carl Elkins por ambas retratarem uma figura feminina com cabelos longos, repletos de curvas e adornos. Além disso, vemos flores e plantas nos fundos das ilustrações em ambos os casos.


É possível comparar a obra Dance, de Alphonse Mucha com a ilustração de Carl Elkins por ambas retratarem uma figura feminina com cabelos longos e esvoaçantes, vestimentas longas sem fim, com algumas transparências e com ornamentos no fundo em ambas as imagens.


É possível comparar a obra Sarah Bernhardt, de Alphonse Mucha com a ilustração de Carl Elkins por ambas retratarem uma figura feminina do pescoço pra cima, com seus cabelos longos e esvoaçantes, cobrindo quase toda a tela, e flores brancas enormes enfeitando os cabelos.


É possível comparar a obra Salon des Cent, de Alphonse Mucha com a ilustração de Carl Elkins por ambas retratarem uma figura feminina com cabelos longos, e com um enfeite de lenço na cabeça.
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Design
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Alphonse Mucha
Nesta seção apresentaremos a vida do artista Alphonse Mucha, retratando também as características de seus cartazes e relacionando-as com o editorial Temp Nouveau, ilustrado pelo designer alemão Carl Elkins.
A vida de Alphonse Mucha
Alphonse Maria Mucha foi um dos artistas mais importantes para a Art Nouveau. Nasceu dia 24 de julho de 1860, em Ivancice, na Morávia, mas foi criado na cidade de Brno, na atual República Tcheca.
Trabalhou principalmente como ilustrador e designer gráfico, mas também atuou em áreas como: pintura, fotografia, jóias e esculturas.
Quando jovem, mudou-se para Viena, onde começou a se dedicar aos cartazes para peças de teatro, deslocando-se também para Praga, Munique e por fim, Paris. Na França desenvolveu diversos cartazes e até mesmo roupas especiais para os espetáculos de Sarah Bernhardt, como Gismonda.
As diversas obras de Alphonse Mucha, litografias, pinturas, posters utilizados como referências teatrais, anúncios de produtos diversos, elementos simples de decoração, calendários, capas de revistas, embalagens e um sem número de vitrais, fizeram do artista uma figura ímpar na “Art Nouveau” (DORCELL, 2008, p.81-82).
Características de seus cartazes
Em seus posters é possível observar principalmente mulheres nuas, cujos contornos eram suaves e apareciam quase flutuando pela superfície do pôster. Também possuíam penteados bem trabalhados, luxuosos e sensuais, repletos de adornos. O fundo desses posters eram preenchidos por formas curvilíneas, ornamentos, flores e motivos geométricos que se repetiam, como no anúncio de papéis para enrolar fumo Job.
As obras de Alphonse Mucha nas ilustrações de Carl Elkins
Alphonse Mucha caracteriza as mulheres, às vezes nuas, com mantos longos e cabelos abundantes cobrindo quase toda a tela contendo enfeites e linhas sinuosas.
As ilustrações de Carl Elkins feitas para o editorial de uma linha de relógios, divulgadas na revista Plaza Magazine, tem como referência as características da Art Nouveau, mais especificamente de Alphonse Mucha.
Assim como Mucha, Carl retrata mulheres, sobre vestimentas compridas, dando impressão de que as mulheres estão flutuando na ilustração, os cabelos abundantes com enfeites florais e linhas sinuosas.
Além disso, Mucha também projetou diversas peças de jóias, criando até a boutique de jóias Georges Fouquet, em Paris. Nas imagens de Carl Elkins é possível verificar esses relógios, que complementam as ilustrações.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Os cartazes da Art Nouveau
Art Nouveau
Nesta seção apresentaremos o movimento Art Nouveau, de forma a retratar não só o contexto histórico da época, mas a origem desse movimento, descrevendo também suas características e citando seus principais representantes.
Contexto histórico
A Era Vitoriana, Arts & Crafts e o Japonismo foram alguns dos movimentos que anteciparam o Art Nouveau, que nada mais é do que a Arte Nova, que buscava quebrar a ligação com os estilismos passados, com os movimentos locais e nacionalistas, entre a arte superior (BELAS ARTES) e inferior (ARTES APLICADAS).
O art nouveau é o estilo transitório que evoluiu do historicismo que dominou o design durante a maior parte do século XIX. Ao substituir esse uso quase servil das formas e estilos anteriores, o art nouveau se tornou a fase inicial do movimento moderno, preparando o caminho para o século XX mediante a rejeição das abordagens anacrônicas do século XIX (MEGGS, 2009, p.249).
Foi um momento aonde a comunicação caminhava com grande rapidez, e as idéias surgiam aos montes. Isso pode testificar-se com a criação da lâmpada incandescente por Thomas Edison, do telefone por Graham Bell, da primeira transmissão de sinal de rádio que cruza o Atlântico até o Canadá e também quando Einsten publica a Teoria da Relatividade.
Foi um tempo de grande abundância cultural, econômica e de informação que podemos chamar de Belle Époque.
A França e a Alemanha brigavam pela Alsácia, que acabou ficando com a Alemanha até a 1ª Guerra Mundial, também aconteceu a queda do II Império da França, que também foi um dos berços da Art Nouveau.
Em meio à comunicação e a produção em massa, o Art Nouveau surge trazendo de volta o valor decorativo e expressivo, que individualiza cada obra.
A origem da Art Nouveau
A Art Nouveau abrangeu primeiramente a Europa e depois se arrastou para o restante do mundo. Estilo Liberty era o nome de uma loja londrina muito famosa, fundada em 1875 por Arthur Lasenby Liberty, que no final do século vendia broches, anéis e semelhantes fabricados no novo estilo. Alguns críticos dizem que o nome art nouveau foi dado por marchand Bing a uma loja especializada na venda de imóveis, tapeçarias e outros objetos do estilo avant-gard, onde o nome foi dado por marchand Bing.
Segundo Pevsner (2001), surgiu entre os anos de 1833-1889, quando o arquiteto e designer Arthur H. Mackmurdo publicou um desenho para a capa do livro Wren’s City Churches. Sobre a influência de William Morris que foi o precursor do movimento buscando romper padrões da industrialização em massa que estava ocorrendo naquela época, e trazendo de volta ao artesanato.
Esse movimento artístico, batizado com tantos nomes, tinha por meta subjacente romper de maneira decisiva com as duas maiores tendências da arte ocidental da segunda metade do século XIX. Essa ruptura só poderia ser feita quando os artistas reconhecessem sua dívida para com cada uma dessas tendências (BARILLI, 1991, p.11).
A Art Nouveau foi um movimento que se recusava a aceitar ligação com o passado, foi um movimento não só decorativo como expressivo. Recusando os movimentos locais e nacionalistas, e também diferenças entre artes superiores (Belas Artes) e inferiores (Artes Aplicadas).
Não foi apenas um movimento dedicado somente a pintura, podemos encontrar características da Art Nouveau em jóias, vasos, vidros, utensílios domésticos, mobília, tapeçaria, estamparias, tipografia, cartazes e capas de livros, esculturas, e na arquitetura.
Características do movimento
A Art Nouveau mostrava uma ornamentação rica por formas florais, curvilíneas e orgânicas sempre assimétricas, tendo seus traços ornamentais que eram divididos em dois pontos, um para a direita e o outro para esquerda e cada traço tinha essa característica que a primeiro momento não poderia ser definido o começo ou o fim da obra.
Em tudo a flor estilizada se torna motivo de eleição. A árvore com as folhagens, a planta e as flores são convocadas para serem modificadas, trituradas, alongadas, dobradas as exigências dos artistas. Entre os principais emblemas da Arte Nova figuram o lis, a íris, a trepadeira, o feto, a papoila, o pavão – esta ave flor-, e as lianas da floresta, cujas linhas onduladas aparecem em relevo nas construções, nos móveis, engendrando a famosa <<chicotada>> tornada símbolo do Modern Style. (CHAMPIGNEULLE, 1976, p. 94).
O movimento destaca muito a natureza, os animais, a mulher e labaredas que foram expressos em vários campos da arte como pintura, desenho gráfico, vitrais, joalharia, arquitetura, cerâmica, mobiliário, serralharia, escultura e indústria têxtil.
As composições florais, na sua graça ondulante, encerram uma sensualidade e delicada suavidade que evocam naturalmente a mulher. E tão naturalmente que a mulher acaba por se unir à flor nas representações cénicas do panorama da Arte Nova (CHAMPIGNEULLE, 1976, p. 94).
Os principais artistas que se destacaram nesse movimento foram Gustav Klimt (1862-1918), Alphonse Mucha (1860-1939), Antoni Gaudí (1852-1926), Toulouse-Lautrec (1864-1901), Pierre Bonnard (1867-1947).
Principais artistas
Na arquitetura: Victor Horta, Henry Van de Velde, Charles Rennie Mackintosh, Otto Wagner, Joseph Maria Olbrich, Joseph Hoffmann, Adolf Loos, Hendrik Petrus Berlage, Antoni Gaudí e Hector Guimard.
Nas artes plásticas: Eugène Grasset, Jules Chéret, Alphonse Mucha, Pierre Bonnard, Toulouse-Lautrec, Teophille Steinlen, Felix Vallonton, Gustav Klimt e Edward Munch.
Apesar de então haver muito menos exposições e trocas artísticas que hoje, os artistas procuravam entrar em contacto com os seus colegas estrangeiros que defendiam as mesmas idéias. Bing está em contacto, em Paris, com Meier-Graefe, que veio a ser o fundador da revista Pan em Berlim. Em 1896 Brinckmann, activíssimo director do Museu das Artes Decorativas de Hamburgo, organiza uma exposição de gravuras e cartões. E quem vai buscar? Ao lado dos muniquenses como Th. Heine, vemos figurar o nome do belga Van Rysselberghe, dos ingleses Walter Crane, Dudley Hardy, Beardsley, enquanto Paris envia uma delegação onde figuram Toulouse-Lautrec, Cherét, Steinlen, Puvis de Chavannes, Vallotton, Grasset, Mucha (CHAMPIGNEULLE, 1976, p. 240).
Nos cartazes: Alphonse Mucha, Jules Chéret, Toulouse-Lautrec, Pierre Bonnard, Aubrey Beardsley e William Bradley.


