terça-feira, 10 de maio de 2011

Infográfico



CHAMPIGNEULLE, Bernard. Art Nouveau. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo – EDUSP, 1976.

Comparação entre as obras de Alphonse Mucha com Carl Elkins



Zodiac, 1896 – Alphonse Mucha




Editorial – Ilustrado por Carl Elkins


É possível comparar a obra Zodiac, de Alphonse Mucha com a ilustração de Carl Elkins por ambas retratarem uma figura feminina com cabelos longos, repletos de curvas e adornos. Além disso, vemos flores e plantas nos fundos das ilustrações em ambos os casos.



Dance, 1898 – Alphonse Mucha




Editorial – Ilustrado por Carl Elkins


É possível comparar a obra Dance, de Alphonse Mucha com a ilustração de Carl Elkins por ambas retratarem uma figura feminina com cabelos longos e esvoaçantes, vestimentas longas sem fim, com algumas transparências e com ornamentos no fundo em ambas as imagens.



Sarah Bernhardt, 1896 – Alphonse Mucha




Editorial – Ilustrado por Carl Elkins


É possível comparar a obra Sarah Bernhardt, de Alphonse Mucha com a ilustração de Carl Elkins por ambas retratarem uma figura feminina do pescoço pra cima, com seus cabelos longos e esvoaçantes, cobrindo quase toda a tela, e flores brancas enormes enfeitando os cabelos.



Salon des Cent, 1897 – Alphonse Mucha





Editorial – Ilustrado por Carl Elkins


É possível comparar a obra Salon des Cent, de Alphonse Mucha com a ilustração de Carl Elkins por ambas retratarem uma figura feminina com cabelos longos, e com um enfeite de lenço na cabeça.

Fotografia

Com esta seção, procuramos contar não apenas a história da fotografia, como a sua evolução no decorrer do tempo. Também descrevemos a fotografia nos dias atuais, que permite ser visualizada digitalmente, sem a necessidade de impressão. Além disso, a fotografia também envolve a mobilidade, cujas características descrevemos na seção anterior, pois hoje em dia é mais do que comum fotografar através de aparelhos celulares.

História da fotografia

A história da fotografia iniciou-se em 1826, com Joseph Nicéphore Niepce, que foi a primeira pessoa a tirar uma fotografia verdadeira, reproduzindo a janela do sótão de sua casa. Nascido na Borgonha, Niepce dedicava-se à invenção de aparelhos técnicos e em 1816, interessou-se pela produção de imagens através de processos mecânicos pela ação da luz. Como resultado, obteve a fotografia das construções vistas da janela de sua sala de trabalho, depois de uma exposição de oito horas. Mas esse sistema era inadequado para a fotografia comum e uma nova descoberta foi feita por Louis Daguerre, nomeando-o de daguerreótipo.

Em 1837, Daguerre padronizou o processo pelo qual ele utilizava chapas de cobre sensibilizadas com prata e tratadas com vapores de iodo e revelava a imagem latente, expondo-a à ação do mercúrio aquecido. Para tornar a imagem inalterável, bastava simplesmente submergi-la em uma solução aquecida de sal de cozinha (BUSSELLE, 2004, p.30)

Com o tempo, vieram os aperfeiçoamentos dessa invenção. Mas foi com Josef Petzval que o daguerreótipo e a própria fotografia tornaram-se popular. Ele inventou uma nova lente, que era trinta vezes mais rápida do que a empregada anteriormente, o que diminuía o tempo de exposição.
Em 1840, foi possível criar o primeiro sistema onde era possível produzir um número indeterminado de cópias, através de Fox Talbot, fazendo com que a fotografia se desenvolvesse ainda mais.
Mas a revolução fotográfica ocorreu com George Eastman ao lançar a Kodak, em 1888. Agora bastava apenas bater a chapa para tirar uma fotografia e assim nasceu a fotografia moderna. Não demorou muito e surgiram novos aperfeiçoamentos. Eastman estava sempre à procura de melhorias, lançando câmeras mais baratas, pois queria que a fotografia estivesse ao alcance de todos.

A fotografia digital

A fotografia digital veio trazer muito mais facilidade para as pessoas. Com ela, é possível visualizar, editar e compartilhar as fotos sem precisar arcar com os custos de revelação. Além disso, as máquinas de hoje em dia são muito mais compactas, presentes até em celulares, tornando muito mais fácil o acesso à elas pelas pessoas.
Para um designer, a fotografia digital é de grande importância, pois dependendo da máquina fotográfica, torna-se possível compartilhar as fotos através da própria máquina para diversas redes sociais. Também é possível editar essas imagens através de softwares como Photoshop, antes de realizar o compartilhamento, além de utilizar essas edições feitas para produzir artes digitais ou interfaces de algum site, por exemplo.
Julio Preuss é um jornalista especializado em tecnologia desde 1996 e discute a fotografia digital.
Preuss foi editor de informática do jornal O DIA e editor-chefe do DIA Online. Atuou na área de fotografia digital colaborando com as revistas PC & Cia, com publicações sobre Tecnologia da Informação, Internet World, Internet.br e Webguide, e do programa de televisão Hipermídia. É responsável pelo site Fórum PCs, onde diversos colunistas contribuem com informações sobre tecnologia e tiram as dúvidas dos usuários. Foi duas vezes homenageado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro por prestar serviços à Tecnologia da Informação no Estado.
Para compartilhar seus conhecimentos, Julio Preuss escreveu o livro Fotografia Digital: da Compra da Câmera à Impressão das Fotos, transformando-o em referência sobre esse assunto, devido à falta de bibliografia atual em português sobre a fotografia digital e também por compartilhar diversas dicas e tirar as dúvidas mais frequentes das pessoas sobre o assunto.

Peça Mobile

•Conceito de criação do aplicativo mobile
 A nossa peça mobile mostrará as mesmas comparações encontradas no site experimental, e será composta por uma interface inicial, onde o usuário após clicar no botão “Iniciar”, poderá interagir com a interface das comparações visualizando duas imagens lado a lado, uma do artista Alphonse Mucha e outra do designer Carl Elkins, logo abaixo das imagens terá uma breve comparação de ambas.
Através do acelerômetro, o usuário poderá inclinar o Ipad e assim visualizar uma imagem de cada vez em p&b, onde os elementos serão destacados através de uma animação.

•Contexto de uso do aplicativo
Com o nosso aplicativo o usuário poderá acessar a informação em qualquer lugar, trazendo a questão da mobilidade. Além disso, o aplicativo traz não somente informações sobre os cartazes da Art Nouveau como também elementos em ilustrações atuais, como as de Carl Elkins.

•Tipo de aplicativo adotado
 O aplicativo é de teor informativo e interativo.

•Tipo de dispositivo
 Utilizaremos como dispositivo o Ipad, pois é um aparelho que permitirá uma melhor visualização das imagens, com as quais fizemos a comparação dos elementos presentes nessas ilustrações.

•Experiência do usuário
 Ao interagir com o nosso aplicativo será possível conhecer melhor o movimento Art Nouveau, o usuário poderá identificar sem dificuldades as características do movimento e entender quais referencias foram utilizadas para compor o editorial de Elkins.


•Diagrama



•Layouts do aplicativo Mobile




Hipermídia

Essa seção trará um assunto cada vez mais presente no design atual, onde é necessária uma linguagem cada vez mais rica, apresentada de forma dinâmica e interativa para o usuário.

Conceito de hipermídia                    

A hipermídia pode ser conceituada como o conjunto de imagens estáticas e dinâmicas, sons, animações e vídeos, onde é possível ter acesso à essas mídias de um modo interativo e não linear, o usuário decide qual direção seguir.

É uma atividade que lida com diferentes tipos de imagens, textos e sons, com o hibridismo, a não-linearidade, a hipertextualidade, a navegação, a interatividade, as questões da interface e as relações com as informações. Essa atividade diz respeito à aplicação e ao conhecimento de diferentes linguagens de expressão e de comunicação e suas possibilidades de inter-relação. Também é necessário o domínio e conhecimento dos procedimentos e elementos projetuais, técnicos e tecnológicos, bem como as relações e questões pertinentes ao usuário (MOURA, 2005, p.142)

Hoje em dia, a hipermídia se torna essencial, pois a rede de computadores está cada vez mais em expansão, convivemos com um espaço virtual que através de links se ramificam em diferentes direções. Diante desse novo espaço, o design é de grande importância e relevância, mas ao mesmo tempo, o trabalho de um designer torna-se mais complexo, pois é preciso projetar de maneira eficaz, adaptando-se à essa nova realidade.

A Rede, com seus navegadores para home-pages e sites, muda o paradigma predominante do designer, que controla as variáveis que formam um design que, uma vez guiado ao centro, move-se em direção à periferia. Como é bem conhecido, na Rede o usuário tem a escolha entre as variáveis que determinam como o tipo e a cor aparecem na tela de seu monitor. O papel do designer como controlador de todas as variáveis do design está, assim, mudando (BONSIEPE, 1997, p.8)

O hipertexto é o elemento fundamental da hipermídia, pois é a estrutura de sustentação do conteúdo, da informação. Essa estrutura é composta por links, que permitem uma maior mobilidade ao usuário, permitindo que ele siga o caminho que preferir.
A grande contribuição para o hipertexto ocorreu com Ted Nelson, considerado o inventor do termo “hipertexto”, pois já na década de 1960, ele acreditava na ideia de haver uma leitura sem uma sequência fixa, não linear.
Mas o conceito de hipertexto já estava presente com a construção do “Memex”, proposta por Vannevar Bush, em 1945. Era um dispositivo que armazenava dados e permitia consulta à eles. Essas informações seriam como uma memória do indivíduo e podiam ser textuais, sonoras ou visuais. Já estava presente a quebra de linearidade e a ideia do que se tornaria hoje o hipertexto.

Características da hipermídia

A hipermídia pode ser caracterizada em:

  • Hipertextualidade
Como já falado anteriormente, é a principal característica da hipermídia, pois sustenta o conteúdo. A informação precisa ter uma sustentação correta, e com a hipermídia, é possível transmitir essas informações de forma muito mais dinâmica e interativa.

  • Não-linearidade
Esta característica envolve a liberdade, a mobilidade do usuário em relação a um espaço da interface, permite que o usuário escolha a direção que quiser. Deve-se pensar na estrutura da informação, dividindo de forma correta esse conteúdo, com conexões inteligentes.

  • Navegabilidade
Diz respeito às possibilidades que um usuário tem na navegação de determinada interface. Pode ocorrer através de menus, botões, entre outros. É uma característica importante da hipermídia, pois é essencial uma navegação bem estruturada e criativa, para criar interesse ao usuário, fazer com que ele explore a interface.

  • Hibridismo
Na hipermídia, esse termo diz respeito à mistura de diferentes linguagens, como as visuais, sonoras e verbais. Essa mistura permite uma maior riqueza em um projeto de design, além de trazer mais interesse para as pessoas.

  • Interatividade
É uma das características mais importantes, pois sem interatividade, não há como as pessoas interferirem em determinada interface, em determinado site.
Esta característica também está presente ao pensar em mobilidade, assunto da próxima seção, pois através desses dispositivos móveis, as pessoas interagem com determinados aplicativos.

Design

Nesta seção, apresentamos um conceito de design e também as suas características. Mostramos também a importância do design, ao trazer soluções para as necessidades da sociedade.

Conceito de design

Todos os campos do Design têm muito a contribuir, seja ele o Design Gráfico ou Digital, com soluções para problemas de comunicação e informação, o Design Industrial ou Design de Produtos, responsável pelos objetos e equipamentos que utilizamos no dia a dia.

O Design surgiu então da necessidade humana. Entendendo necessidade, nesse caso, comotodos os desejos e ansiedades dos seres humanos no contexto em que vivem, no tempo e noespaço. A sua natural evolução de conhecimento e construção de sua existência comprova suapassagem pelo mundo, transformando essas necessidades em atitudes concretas (LANDIM, p.1).

As origens do design estão relacionadas com a Revolução Industrial, e a produção mecanizada, pois a partir desta época que começou a separar-se o design da execução, por conta do processo industrial de fabricação e da divisão do trabalho. Entretanto nessa altura, o design era visto apenas como mais um dos aspectos inter-relacionados da produção mecanizada.

Até certo ponto, as origens do design podem remontar à Revolução Industrial e ao nascimento da produção mecanizada. Antes disso, os objetos eram manufaturados, significando que a concepção e realização de um objeto estavam freqüentemente a cargo de um criador individual. Com o aparecimento do processo industrial de fabricação e a divisão do trabalho, o design (concepção e planejamento) foi separado da execução [...] (LANDIM, p.2).

Já o designmoderno acabou evoluindo dos reformadores do designdo século XIX e em particular de William Morris, que tentou unir teoria e prática, o que no final acabou em insucesso, por conta do processo de fabricação artesanal utilizado por ele, mas suas idéias causaram grande impacto no Movimento Moderno.

Características do design

O design agrega valor às coisas, por isso atualmente é tão comum se achar o termo empregado nos veículos de comunicação, junto a campanhas publicitárias.

O design não é apenas um processo ligado à produção mecanizada, é um meio de conferir idéias persuasivas, atitudes e valores sobre como são ou deviam ser as coisas, de acordo com objetivos individuais, de grupo, institucionais ou nacionais. Como um canal de comunicação entre pessoas, o design oferece uma visão particular do caráter e do pensamento do designer e das suas convicções do que é importante na relação entre o objeto (solução do design), o utilizador/consumidor, e o processo do design e a sociedade [...] (LANDIM, p.3).

Podemos observar que o design tende a criar tendências, que suprem as necessidades, que evoluem e inovam a diversidade do design na sociedade. Assim como na Art Nouveau, onde ocorreram rupturas dos padrões de processos de produção em massa, e o que levou novamente ao movimento artesanal de fabricação inovando as artes gráficas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Alphonse Mucha



Nesta seção apresentaremos a vida do artista Alphonse Mucha, retratando também as características de seus cartazes e relacionando-as com o editorial Temp Nouveau, ilustrado pelo designer alemão Carl Elkins.


A vida de Alphonse Mucha


Alphonse Maria Mucha foi um dos artistas mais importantes para a Art Nouveau. Nasceu dia 24 de julho de 1860, em Ivancice, na Morávia, mas foi criado na cidade de Brno, na atual República Tcheca.

Trabalhou principalmente como ilustrador e designer gráfico, mas também atuou em áreas como: pintura, fotografia, jóias e esculturas.

Quando jovem, mudou-se para Viena, onde começou a se dedicar aos cartazes para peças de teatro, deslocando-se também para Praga, Munique e por fim, Paris. Na França desenvolveu diversos cartazes e até mesmo roupas especiais para os espetáculos de Sarah Bernhardt, como Gismonda.

As diversas obras de Alphonse Mucha, litografias, pinturas, posters utilizados como referências teatrais, anúncios de produtos diversos, elementos simples de decoração, calendários, capas de revistas, embalagens e um sem número de vitrais, fizeram do artista uma figura ímpar na “Art Nouveau” (DORCELL, 2008, p.81-82).


Características de seus cartazes


Em seus posters é possível observar principalmente mulheres nuas, cujos contornos eram suaves e apareciam quase flutuando pela superfície do pôster. Também possuíam penteados bem trabalhados, luxuosos e sensuais, repletos de adornos. O fundo desses posters eram preenchidos por formas curvilíneas, ornamentos, flores e motivos geométricos que se repetiam, como no anúncio de papéis para enrolar fumo Job.


As obras de Alphonse Mucha nas ilustrações de Carl Elkins


Alphonse Mucha caracteriza as mulheres, às vezes nuas, com mantos longos e cabelos abundantes cobrindo quase toda a tela contendo enfeites e linhas sinuosas.

As ilustrações de Carl Elkins feitas para o editorial de uma linha de relógios, divulgadas na revista Plaza Magazine, tem como referência as características da Art Nouveau, mais especificamente de Alphonse Mucha.

Assim como Mucha, Carl retrata mulheres, sobre vestimentas compridas, dando impressão de que as mulheres estão flutuando na ilustração, os cabelos abundantes com enfeites florais e linhas sinuosas.

Além disso, Mucha também projetou diversas peças de jóias, criando até a boutique de jóias Georges Fouquet, em Paris. Nas imagens de Carl Elkins é possível verificar esses relógios, que complementam as ilustrações.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Os cartazes da Art Nouveau

Cartazes da Art Nouveau

Como surgiram

Os cartazes na Art Nouveau surgiram no início da década de 1890, para fugir da idéia de restrição da pintura em cavalete. A preferência dos artistas eram os painéis decorativos, onde pudessem usar maior liberdade com os diversos materiais, buscando produzir relevos e texturas. As litografias e xilogravuras em preto-e-branco e em cores também eram utilizadas pelos artistas. Alguns chegaram até mesmo a desenhar letras, que complementavam os cartazes.
No início da década de 1890, Pierre Bonnard, que trabalhava com a pintura de cavalete, resolveu produzir cartazes. Bonnard destacou-se como um dos mais importantes artistas das artes gráficas, através das suas ilustrações, como as que produziu para a revista La Revue Blanche. Mas a arte dos cartazes já estava presente, graças à Jules Chéret, seu precursor. Com o cartaz que Bonnard fez para a firma de vinho France-Champagne, em 1891, a arte dos cartazes se tornou mais consolidada, devido a ousadia de seu desenho.
A partir desse momento os cartazes começaram a ter grande destaque na época, e começaram aparecer em vários lugares públicos, cabarés e cafés, para fazer propagandas publicitárias, e em cartazes de teatro.

O principal interesse dos artistas do período era a arte gráfica, pois ela lhes permitia alcançar um público mais amplo através de ilustrações de jornais e revistas ou cartazes. (BARILLI, 1991, p.59).

Toulouse-Lautrec sofreu influência de Pierre Bonnard, mesmo seguindo caminhos diferentes.
Nas obras de Toulouse é possível encontrar duas diretrizes para as quais sua arte caminhou:

De um lado, ele objetivou executar um quadro complexo da “vida moderna” registrando cenas típicas da vida pública e captando a atmosfera cotidiana da época. Mas por outro lado, ele procurou simplificar seu mundo visual com o uso de formas lineares bem definidas, vívidas e altamente expressivas. O imenso número de cartazes desenhados por ele para o Moulin Rouge, o Jardin de Paris e outros lugares públicos, e para cabarés e cafés proporcionou-lhe uma excelente oportunidade de desenvolver o “jogo de sombras” de sua arte e de compor uma série de cenas lindamente econômicas, compactas. (BARILLI, 1991, p.100).

Sua obra não foi de grande relevância para a Art Nouveau pelo fato dele não utilizar os elementos mais representativos do movimento, com os motivos florais e as formas orgânicas e ornamentais.

Elementos representados nos cartazes

Os elementos quase sempre são formas femininas, delicadas, formas retiradas da natureza; como florais, linhas orgânicas, sinuosas, assimétricas. A tipografia foi bastante utilizada nos cartazes, modernizou a tipografia desenhando novas formas de letras.


Litografias e xilogravuras em preto-e-branco e em cores eram muito usadas pelos artistas, que puseram em prática o ideal de eliminar a distinção entre belas artes aplicadas, concedendo enorme atenção mesmo ao mais modesto detalhe de frisos ornamentais nas páginas que ilustravam; era sobretudo nesses detalhes, desvinculados de um “tema”, que os artistas podiam entregar-se ás linhas livres e fluidas do art nouveau. Eles voltaram sua atenção até mesmo para as letras, desenhando com entusiasmo novos caracteres. (BARILLI, 1991, p.59).

Art Nouveau


Nesta seção apresentaremos o movimento Art Nouveau, de forma a retratar não só o contexto histórico da época, mas a origem desse movimento, descrevendo também suas características e citando seus principais representantes.

Contexto histórico

A Era Vitoriana, Arts & Crafts e o Japonismo foram alguns dos movimentos que anteciparam o Art Nouveau, que nada mais é do que a Arte Nova, que buscava quebrar a ligação com os estilismos passados, com os movimentos locais e nacionalistas, entre a arte superior (BELAS ARTES) e inferior (ARTES APLICADAS).


O art nouveau é o estilo transitório que evoluiu do historicismo que dominou o design durante a maior parte do século XIX. Ao substituir esse uso quase servil das formas e estilos anteriores, o art nouveau se tornou a fase inicial do movimento moderno, preparando o caminho para o século XX mediante a rejeição das abordagens anacrônicas do século XIX (MEGGS, 2009, p.249).


Foi um momento aonde a comunicação caminhava com grande rapidez, e as idéias surgiam aos montes. Isso pode testificar-se com a criação da lâmpada incandescente por Thomas Edison, do telefone por Graham Bell, da primeira transmissão de sinal de rádio que cruza o Atlântico até o Canadá e também quando Einsten publica a Teoria da Relatividade.

Foi um tempo de grande abundância cultural, econômica e de informação que podemos chamar de Belle Époque.

A França e a Alemanha brigavam pela Alsácia, que acabou ficando com a Alemanha até a 1ª Guerra Mundial, também aconteceu a queda do II Império da França, que também foi um dos berços da Art Nouveau.

Em meio à comunicação e a produção em massa, o Art Nouveau surge trazendo de volta o valor decorativo e expressivo, que individualiza cada obra.

A origem da Art Nouveau

A Art Nouveau abrangeu primeiramente a Europa e depois se arrastou para o restante do mundo. Estilo Liberty era o nome de uma loja londrina muito famosa, fundada em 1875 por Arthur Lasenby Liberty, que no final do século vendia broches, anéis e semelhantes fabricados no novo estilo. Alguns críticos dizem que o nome art nouveau foi dado por marchand Bing a uma loja especializada na venda de imóveis, tapeçarias e outros objetos do estilo avant-gard, onde o nome foi dado por marchand Bing.


Segundo Pevsner (2001), surgiu entre os anos de 1833-1889, quando o arquiteto e designer Arthur H. Mackmurdo publicou um desenho para a capa do livro Wren’s City Churches. Sobre a influência de William Morris que foi o precursor do movimento buscando romper padrões da industrialização em massa que estava ocorrendo naquela época, e trazendo de volta ao artesanato.


Esse movimento artístico, batizado com tantos nomes, tinha por meta subjacente romper de maneira decisiva com as duas maiores tendências da arte ocidental da segunda metade do século XIX. Essa ruptura só poderia ser feita quando os artistas reconhecessem sua dívida para com cada uma dessas tendências (BARILLI, 1991, p.11).


A Art Nouveau foi um movimento que se recusava a aceitar ligação com o passado, foi um movimento não só decorativo como expressivo. Recusando os movimentos locais e nacionalistas, e também diferenças entre artes superiores (Belas Artes) e inferiores (Artes Aplicadas).

Não foi apenas um movimento dedicado somente a pintura, podemos encontrar características da Art Nouveau em jóias, vasos, vidros, utensílios domésticos, mobília, tapeçaria, estamparias, tipografia, cartazes e capas de livros, esculturas, e na arquitetura.


Características do movimento


A Art Nouveau mostrava uma ornamentação rica por formas florais, curvilíneas e orgânicas sempre assimétricas, tendo seus traços ornamentais que eram divididos em dois pontos, um para a direita e o outro para esquerda e cada traço tinha essa característica que a primeiro momento não poderia ser definido o começo ou o fim da obra.



Em tudo a flor estilizada se torna motivo de eleição. A árvore com as folhagens, a planta e as flores são convocadas para serem modificadas, trituradas, alongadas, dobradas as exigências dos artistas. Entre os principais emblemas da Arte Nova figuram o lis, a íris, a trepadeira, o feto, a papoila, o pavão – esta ave flor-, e as lianas da floresta, cujas linhas onduladas aparecem em relevo nas construções, nos móveis, engendrando a famosa
<<chicotada>> tornada símbolo do Modern Style. (CHAMPIGNEULLE, 1976, p. 94).


O movimento destaca muito a natureza, os animais, a mulher e labaredas que foram expressos em vários campos da arte como pintura, desenho gráfico, vitrais, joalharia, arquitetura, cerâmica, mobiliário, serralharia, escultura e indústria têxtil.



As composições florais, na sua graça ondulante, encerram uma sensualidade e delicada suavidade que evocam naturalmente a mulher. E tão naturalmente que a mulher acaba por se unir à flor nas representações cénicas do panorama da Arte Nova
(CHAMPIGNEULLE, 1976, p. 94).


Os principais artistas que se destacaram nesse movimento foram Gustav Klimt (1862-1918), Alphonse Mucha (1860-1939), Antoni Gaudí (1852-1926), Toulouse-Lautrec (1864-1901), Pierre Bonnard (1867-1947).


Principais artistas


Na arquitetura: Victor Horta, Henry Van de Velde, Charles Rennie Mackintosh, Otto Wagner, Joseph Maria Olbrich, Joseph Hoffmann, Adolf Loos, Hendrik Petrus Berlage, Antoni Gaudí e Hector Guimard.

Nas artes plásticas: Eugène Grasset, Jules Chéret, Alphonse Mucha, Pierre Bonnard, Toulouse-Lautrec, Teophille Steinlen, Felix Vallonton, Gustav Klimt e Edward Munch.



Apesar de então haver muito menos exposições e trocas artísticas que hoje, os artistas procuravam entrar em contacto com os seus colegas estrangeiros que defendiam as mesmas idéias. Bing está em contacto, em Paris, com Meier-Graefe, que veio a ser o fundador da revista Pan em Berlim. Em 1896 Brinckmann, activíssimo director do Museu das Artes Decorativas de Hamburgo, organiza uma exposição de gravuras e cartões. E quem vai buscar? Ao lado dos muniquenses como Th. Heine, vemos figurar o nome do belga Van Rysselberghe, dos ingleses Walter Crane, Dudley Hardy, Beardsley, enquanto Paris envia uma delegação onde figuram Toulouse-Lautrec, Cherét, Steinlen, Puvis de Chavannes, Vallotton, Grasset, Mucha
(CHAMPIGNEULLE, 1976, p. 240).


Nos cartazes: Alphonse Mucha, Jules Chéret, Toulouse-Lautrec, Pierre Bonnard, Aubrey Beardsley e William Bradley.